Inédita no setor, a iniciativa criada pela ApexBrasil busca fortalecer as empresas brasileiras no cenário internacional.

Foto: Divulgação Semas
As Mesas Executivas de Exportação são instrumentos inovadores de diálogo que ajudam a promover produtos compatíveis com a floresta na Amazônia Brasileira. Inspirada no sucesso da primeira mesa brasileira, criada em 2024 com foco na castanha, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) do Pará está promovendo a primeira Mesa Executiva do Açaí no Brasil. A ideia é utilizar a metodologia das Mesas para escutar o setor produtivo e, assim, entender os gargalos e entraves da cadeia do açaí. O objetivo vai além de consolidar e expandir a presença do Pará no mercado global: busca transformar o açaí em um verdadeiro motor de desenvolvimento econômico para a região.
Em maio, foi realizada uma reunião de engajamento e apresentação do projeto, abordando temas como melhoria de qualidade, aumento da produtividade e ampliação do volume de exportações. Desde então, estão sendo realizados encontros mensais para diagnosticar gargalos e estimular a inovação e o acesso a novos mercados. Tudo por meio do diálogo estruturado entre empresas, governo e entidades de apoio ao setor privado, além de outros atores estratégicos para essa cadeia.
“As mesas executivas ajudam a virar a chave: mostram que os produtos da floresta não são apenas importantes para comunidades ou meio ambiente — são também uma oportunidade econômica real”, comentou Salo Coslovsky, professor da Universidade de Nova York e pesquisador do Amazônia 2030, durante o evento de apresentação do projeto.
“Com a criação da Mesa, estamos reforçando o compromisso do Estado com a bioeconomia. Este modelo de governança inovadora, em parceria com o setor privado, será fundamental para elevarmos o Pará como exemplo no mercado global de açaí, ao mesmo tempo em que promovemos práticas sustentáveis e de desenvolvimento local”, completou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio.
Com o apoio do Centro de Empreendedorismo da Amazônia (CEA) e do Projeto Amazônia 2030, a ação está alinhada ao Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio).